O que é DevOps e será que você deveria aderir, ou não..?

Existem sempre muitas tendências e “buzzwords” acontecendo no setor de TI. DevOps é mais uma destas palavras que circulam já faz alguns anos e ainda causa muito barulho e até um pouco de confusão. A seguir, pretendo esclarecer e desmistificar o tema, apresentando conceitos básicos que podem ser úteis na hora de decidir qual o momento de aderir à cultura DevOps no seu time ou empresa.

Você se recorda de ter brincado de Lego com seus amigos alguma vez em sua vida, criando e recriando diferentes cenários? Apesar de parece estranho, se você já fez isto alguma vez e gostou, é provável que goste da prática de DevOps e seja aquela pessoa que fará a diferença no seu time por compreender bem o processo de criar e recriar cenários.

O sucesso – e obviamente o fracasso – na prática do DevOps está relacionado à forma em que você trabalha para que algumas engrenagens básicas, que movimentam a TI, funcionem de maneira sincronizada. São elas: Pessoas, Processos, Ferramentas e Colaboração.  É fundamental começar a montagem dos blocos com estes quatro elementos em mente.

Antes de abordar o conceito básico de DevOps, é bom entender o que não é DevOps: Analistas, Operadores, Engenheiros de Software e quaisquer outras funções ou profissões não são DevOps, ou seja, não existe o famoso Analista de DevOps, a não ser em ambientes onde DevOps não é compreendido corretamente. O mesmo se aplica a um departamento ou softwares de automação e orquestração, que muitas vezes são descritos como DevOps. Softwares como Jenkins, Juju, Chef, Terraform etc. são excelentes ferramentas que contribuem na automação (e orquestração) de processos, mas não deve ser confundidos com o conceito de DevOps.

A justificativa para o que mencionei acima é bem simples: O Conceito de DevOps está relacionado à cultura utilizada por um grupo de pessoas que atuam de forma colaborativa durante o ciclo de vida de um serviço de TI. O grupo de pessoas pode ser formado por Analistas de Sistemas, Analistas de Suporte, Programadores, Operadores, Analistas de QA, Arquitetos de Solução entre outros, buscando a entrega do serviço do início ao fim. Estas pessoas trabalham de forma colaborativa e criam processos, que ao atingirem um alto nível de maturidade confiabilidade, podem – devem – ser automatizados através de ferramentas.  Assim sendo, temos conectados os quatro elementos básicos que começam a compor a Cultura e fizemos a fusão dos times de Desenvolvimento e Operações criando o nosso DevOps.

Além deste entendimento básico da estrutura, existem muitos outros conceitos envolvidos na Cultura DevOps, difundidos na comunidade engajada nesta prática. Um destes conceitos refere-se a outro conjunto de quatro elementos conhecido como CAMS (em inglês, refere-se a “Culture, Automation, Measurement, Sharing”). Em tradução livre: Cultura, Automação, Medição (ou Medir), Compartilhamento. É possível conectar e montar os blocos entre Engrenagens e CAMS facilmente, pois, a Cultura está relacionada com as Pessoas e ao Compartilhamento. A Automação está diretamente relacionada aos Processos e Ferramentas. E por último a Medição relacionando-se às quatro engrenagens básicas (Pessoas, Processos, Ferramentas e Colaboração).

A representação a seguir foi criada apenas para efeito didático e pode ser organizada e reorganizada de várias formas, movendo os elementos, inserindo mais elementos ou ainda retirando alguns de acordo com a maturidade na cultura DevOps.

DevOps

DevOps Representação

Agora chegou a hora de você parar e analisar se deve aderir à Cultura DevOps. Faça um exercício, simulando sua situação real atual, distribuindo o que você já possui de recursos dentro dos times de Desenvolvimento (Dev) e Operações (Ops). É bem comum perceber a existência da maioria dos elementos como Ferramentas, Processos, Automação (mesmo que em nível inicial) etc. Então o que é necessário para poder afirmar que é possível a adesão imediata? A resposta é simples mais uma vez: Falta apenas implantar e compartilhar a cultura, criando um ambiente onde pessoas dos times de Desenvolvimento e Operações colaboram na busca de resultados comuns para entregar um serviço, sistema, solução ou como queira descrever tal entrega (DevOps juntos do início ao fim do ciclo). E para completar não se esqueça de medir o desempenho do conjunto. E, “voilà”, sua prática de DevOps funciona!

Acredito que pelo menos 95% das pessoas que leem os conceitos básicos e que façam o teste concluem que falta muito pouco para iniciar esta nova jornada para um funcionamento muito mais eficiente e com menores custos operacionais através da Cultura DevOps.

Espera aí que tem bônus! A seguir deixo descrições um pouco mais detalhadas e técnicas sobre alguns pontos principais da Cultura DevOps e no final do texto tem uma lista com alguns livros para você utilizar como referência.

Bônus:

O Básico para quem precisa compreender o conceito:
DevOps é a prática onde times de desenvolvimentos de sistemas e times de suporte/operação de TI atuam em conjunto em todo ciclo de vida do serviço, desde o processo de design e desenvolvimento até o suporte de produção. O DevOps também é caracterizado pela maneira que a equipe de operações atua, utilizando muitas técnicas que os desenvolvedores de seus sistemas trabalham. Por outro lado o time de desenvolvimento passa a compreender um pouco mais do que acontece durante a operação de um serviço/sistema devido à proximidade com o time operacional.
Podemos simplificar o conceito, dizendo que DevOps é prática onde times de Desenvolvimento e Operações atuam de forma colaborativa durante o ciclo de vida de um serviço ou produto.

Existem alguns componentes centrais na prática de DevOps que devem ser compreendidos:
Cultura, Automação, Medição (ou Medir), Compartilhamento (CAMS em inglês)
O termo – em inglês – CAMS refere-se a “Culture, Automation, Measurement, Sharing”

Apesar dos termos serem autoexplicativos, a seguir, explico o CAMS um a um:

Cultura: Refere-se à maneira como as pessoas envolvidas na prática do DevOps atuam e pensam. DevOps é muito diferente dos modelos tradicionais de gestão de TI, onde as equipes de Desenvolvimento e Operações trabalham em ciclos completamente diferentes, utilizando processos isolados. E a Cultura é fundamental, pois, se você não investir nela, todas as tentativas de automação serão em vão. A Automação necessita de pessoas engajadas e ferramentas para funcionar.
Automação: Aqui é um dos lugares por onde você começa quando já entende sua cultura. Neste ponto, as ferramentas podem começar a unir uma malha de automação de tarefas para o DevOps. As ferramentas para gerenciamento de versões, provisionamento, gerenciamento de configuração, integração de sistemas, monitoramento e controle e também orquestração tornam-se peças importantes na construção de uma estrutura de DevOps.
Medição: Medir é uma prática fundamental no gerenciamento de qualquer atividade e, com DevOps não é diferente. Se você não conseguir medir, não poderá melhorar. Uma implementação bem sucedida de DevOps deverá medir tudo o que puder com a menor frequência possível. Métricas de desempenho, métricas dos processos e também métricas de pessoas.
Compartilhamento: Compartilhar ideias e problemas é a maneira de manter ativo o ciclo do CAMS. Criar esta cultura onde as pessoas possam compartilham ideias e problemas é primordial. Outra motivação interessante na cultura DevOps é a forma como as histórias de sucesso de DevOps ajudam os outros. Na prática do DevOps é sempre bem vindo o compartilhamento das ideias, e falar sobre problemas não deve ser encarado como uma situação de acusação pessoal ou menosprezo por causar alguma falha durante o ciclo. O que importa de verdade é entender o que acontece de errado e corrigir os problemas.
Agora que já passamos pelo básico, vamos conhecer as 5 metodologias utilizadas no DevOps:

  1. Pessoas sobre processos e processos sobre ferramentas (People over Process over Tools): Esta metodologia começa buscando as pessoas certas para cumprir um papel necessário. Em segundo lugar, assegure-se de que o processo esteja correto e ótimo. Por fim, melhore a eficiência do processo, reduzindo etapas, através de automação baseada em ferramentas.
    Para deixar claro, as ferramentas de automação são as últimas. Não faz sentido automatizar processos errados mesmo que você utilize as ferramentas certas. Automação serve para ajudar atingir excelência operacional e não para criar mais problemas!
  2. Entrega Contínua (Continuous Delivery): Entrega/Distribuição Contínua é a capacidade de fornecer mudanças de todos os tipos – incluindo novas funcionalidades, alterações de configuração, correções de bugs e produção de experiências – nas mãos dos usuários, de forma segura e rápida de forma sustentável. Muitos times já tem atuado com metodologias Ágeis e técnicas relacionadas a CI/CD, sendo assim, parte da metodologia utilizada na prática do DevOps já é conhecida. Como o tema aqui é DevOps, não vou me aprofundar em CI/CD. Você pode buscar no Google ou clicar aqui para saber mais.
  3. Gestão Enxuta (Lean Management): A Gestão Enxuta (Lean Management) é uma abordagem para administrar-se uma organização que tem base no conceito de melhoria contínua, uma abordagem de longo prazo para o trabalho que sistematicamente busca alcançar pequenas mudanças incrementais nos processos, a fim de melhorar a eficiência e a qualidade. É derivada da metodologia “Lean Manufacturing”, amplamente utilizada nas linhas de produção de automóveis.
  4. Controle de Mudança no estilo “Operações Visíveis” (Visible Ops style Change Control): O Visible Ops é uma metodologia que faz parte do ITIL desde o ano 2000 aproximadamente e basicamente reflete o que foi abordado no “item 1.Pessoas sobre processos e processos sobre ferramentas”, onde a excelência operacional não está apenas na utilização de ferramentas e sim na utilização do conjunto Pessoas/Processos/Automação criando um ciclo de entrega de serviço simples, eficiente e com custos que proporcionem que o negócio (ou produto final) seja competitivo.
  5. Infraestrutura como Código (Infrastructure as Code): A infraestrutura como Código (IaC) é um tipo de configuração de TI em que desenvolvedores ou equipes de operações gerenciam e provisionam automaticamente os recursos de TI utilizando ferramentas de automação, em vez de usar um processo manual para configurar dispositivos de hardware e sistemas operacionais. A infraestrutura como Código é também descrita como infraestrutura programável ou definida por software. É possível utilizar ferramentas dos próprios fornecedores dos equipamentos/serviços ou utilizar ferramentas de terceiros como as conhecidas Chef, Puppet, Terraform etc.

DevOps é um assunto bastante amplo e contempla todas as áreas da TI, portanto, se você tem interesse é sempre bom manter o conhecimento em dia, pois, como sabemos, estamos em constante mudança e, a cada ano, os ciclos de vida em TI estão sempre mais curtos. A parte boa é que a maioria dos conceitos e áreas de conhecimento utilizadas na prática de DevOps são conhecidos e facilitam a adoção de DevOps. Os desafios quando falamos deste assunto é mantermos uma cultura favorável a colaboração e como montar e desmontar os blocos de acordo com as necessidades do negócio, como um brinquedo de blocos Lego.

A seguir, a lista que mencionei:
Obs. Estou disponibilizando a lista com os Títulos todos em inglês, pois, estou fora do Brasil há algum tempo e não tenho certeza se existem traduções para todos.

  1. The Visible Ops Handbook: Implementing ITIL in 4 Practical and Auditable Steps, by Gene Kim, Kevin Behr, and George Spafford
    https://www.amazon.com/Visible-Ops-Handbook-Implementing-Practical/dp/0975568612 
  1. Continuous Delivery, by Jez Humble and David Farley
    https://www.amazon.com/Continuous-Delivery-Deployment-Automation-Addison-Wesley/dp/0321601912 
  1. Release It!, by Michael Nygard
    https://pragprog.com/book/mnee/release-it 
  1. Effective DevOps, by Jennifer Davis and Katherine Daniels
    http://shop.oreilly.com/product/0636920039846.do
  1. Lean Software Development: An Agile Toolkit, by Mary and Tom Poppendieck
    https://www.amazon.com/Lean-Software-Development-Agile-Toolkit/dp/0321150783
  1. Web Operations, by John Allspaw and Jesse Robbins
    https://www.amazon.com/Web-Operations-Keeping-Data-Time/dp/1449377440
  1. The Practice of Cloud System Administration, by Christine Hogan, Strata R. Chalup, and Thomas A. Limoncelli
    http://the-cloud-book.com/
  1. The DevOps Handbook, by Gene Kim, Jez Humble, Patrick Debois, and John Willis
    http://itrevolution.com/devops-handbook
  1. Leading the Transformation, by Gary Gruver and Tommy Mouser
    http://itrevolution.com/books/leading-the-transformation/
  1. The Phoenix Project, by Gene Kim, Kevin Behr, George Spafford
    https://en.wikipedia.org/wiki/The_Phoenix_Project_(novel)

 

Eu gostaria muito de saber a sua opinião sobre o assunto.
Opine e participe da discussão aqui no Blog ou no meu perfil do LinkedIn!
Um abraço!

Centro de Arquitetura da AWS (Dicas)

Se você tem interesse em aprender, melhorar seus conhecimentos na Nuvem AWS ou está trabalhando em alguma solução de Nuvem AWS, o Centro de Arquitetura da AWS é o local certo para isto.

A AWS disponibiliza um extenso conteúdo (Artigos, Vídeos, Modelos de Arquiteturas etc.) relacionado ao tema Arquitetura, no Centro de Arquitetura da AWS.

Todo mês, um tema é abordado com maior profundidade. Este mês você irá encontrar muito material sobre Microsserviços (Microservices).

Minha última dica em relação ao Centro de Arquitetura AWS é pesquisar o AWS Answers para encontrar respostas às perguntas mais comuns e também àquelas baseadas em casos reais.

Essa foi a dica de hoje!

Abraços,
Antonio Ricardo Goncalves

microservices-aws

O que é Cloud Storage Gateway: definição e utilização.

Conforme a adoção da Computação em Nuvem (Cloud Computing) evolui, novos desafios são encontrados, e constantemente superados. Este foi o caso do Armazenamento em Nuvem (Cloud Storage). Por haver diferenças entre padrões para armazenar dados em uma Nuvem Pública (ex. Azure, Google, AWS) e armazenar dados em seu Data Center (in loco / on premise), foi criado o Cloud Storage Gateway.

Os fornecedores de Cloud Storage entregam seus serviços de armazenamento utilizando APIs (Application Programming Interfaces) nos padrões/modelos REST (Representative State Transfer)  ou SOAP (Simple Object Access Protocol). No outro lado da moeda, as aplicações tradicionais (aquelas comumente utilizadas nas empresas) utilizam um padrão diferente, conhecido como “Block or File Data Abstraction”. Simplificando a história: Os modelos são diferentes.

Para atender esta necessidade de conversão entre padrões, existe o Cloud Storage Gateway, que tem a função de traduzir as informações de maneira bidirecional . Do lado Cloud Computing utilizando chamadas API (REST e SOAP) e  do outro que utilizando Protocolos de Armazenamento baseados em bloco (iSCSI, Fiber Channel) ou baseados em arquivos (NFS, CIFS). Este Gateway é um Servidor (Virtual ou Appliance) instalado entre as duas redes, que traduz as informações entre os lados de acordo com as requisições. Também podem existir outros recursos agregados a este Gateway (Backup/Recovery, Caching, Compression, Deduplication, Storage Provissioning e Encryption).

Um Cloud Storage Gateway também pode ser utilizado para transferir dados entre diferentes fornecedores de Armazenamento em Nuvem, dependendo da necessidade e da arquitetura da solução (sistema).

Resumo da obra: Se você tiver diferentes modelos de armazenamento de dados, você precisará de um Gateway para que estes dados sejam transferidos (e armazenados) de um lado para outro.

Recomendo uma visita a AWS para conhecer o AWS Storage Gateway: http://aws.amazon.com/pt/storagegateway/

Obs.: Existem muitos conceitos e termos técnicos inseridos no contexto do Cloud Storage Gateway. Eu apenas citei alguns termos, pois, o objetivo desta publicação é a introdução e visão geral, mas se você necessitar aprofundar-se no assunto, minha sugestão é o mergulhar nos conceitos de Armazenamento de Dados, pois, a partir daí tudo ficará mais claro.

Caso tenha alguma dúvida, crítica ou sugestão, por favor, contate-me.

Um abraço,
Antonio Ricardo Gonçalves

O que é computação em nuvem com a AWS – Amazon Web Services

Uma breve – mas bem interessante e didática – apresentação do AWS (Amazon Web Services). A solução de Cloud Computing fornecida pela Amazon globalmente.
Vídeo produzido pela Amazon em Português. Confira!

[Cloud Computing] O que é “Conteinerização”/”Containerization” (utilizando Docker)?

A “Conteinerização” é uma alternativa leve – e muito mais leve – para a Virtualização Completa (utilizando uma VM – Virtual Machine) que envolve a ação de encapsular um aplicativo em um recipiente com o seu próprio ambiente operacional. Esta alternativa fornece muitos dos benefícios de carregar um aplicativo em uma máquina virtual, como executar o aplicativo em qualquer máquina física adequada, sem quaisquer preocupações com dependências.

A Conteinerização ganhou bastante destaque com a solução open-source Docker. Os contêineres Docker são projetados para funcionar em qualquer tipo de dispositivo/plataforma (em tudo), de computadores físicos à máquinas virtuais, bare-metal, OpenStack cloud clusters, instâncias públicas e muito mais.

Talvez, para quem não tenha conhecimento técnico em Virtualização ou em Computação em Nuvem, a explicação acima fique um pouco complicada ou distante de algo que possa fazer sentido, então, para simplificar um pouco – se é que isto é possível – podemos definir a “Conteinerização” como uma forma padronizada (um modelo) para a entrega de uma determinada aplicação dentro de uma estrutura virtual (Conteiner) que se assemelha a uma VM (Virtual Machine), e que consome menos recursos e possui estrutura para portabilidade mais simples entre diferentes ambientes físicos/virtuais. Podemos considerar de forma mais genérica – ou grosseira – que um Contêiner seria uma versão enxuta de uma VM Padrão (que necessita de um hypervisor para ser executada).

Abaixo, está disponível um vídeo contendo uma Introdução ao Docker, apresentado pelo fundador Solomon Hykes, publicado no Youtube pelo Twitter University. Divirta-se! 😀

Quer adicionar alguma informação a este conteúdo? Envie estas informações, sugestões e comentários através das Redes Sociais ou através de um comentário nesta publicação.

Um Abraço!

Antonio Ricardo Gonçalves

Hybrid Cloud: Quando escolher a Nuvem Pública ou a Nuvem Privada

Cloud Computing

O termo “Hybrid Cloud’ é um dos mais utilizados – e provavelmente “o que está em moda” – no universo da Computação em Nuvem (Cloud Computing). Não há nenhum mistério neste modelo, pois, ele é a combinação entre “Private Cloud” e “Public Cloud”. O importante é saber decidir, ao migrar sua estrutura atual, qual a melhor opção para sua empresa migrar os sistemas em produção (Nuvem Pública ou Nuvem Privada).

Vários aspectos do negócio e também técnicos devem ser considerados ao optar-se por um dos modelos. Questões como flexibilidade do ambiente tecnológico, expansão geográfica da empresa, economia com infraestrutura, retorno sobre os investimentos, segurança e integridade das informações entre várias outras; a serem definidas de acordo com a necessidade.

Do lado da Nuvem Pública, os custos são atrativos, pois, o investimento em hardware e software é praticamente zero. Aqui, o fornecedor irá entregar este “pacote” pronto para ser utilizado. Imagine que você tenha que criar uma estrutura temporária para um evento ou projeto e que seu orçamento e prazos sejam enxutos. Neste caso, seria possível viabilizar esta solução, sem investir em hardware e evitar muita burocracia, entregando um ambiente pronto em um período curto, comparado com um modelo onde haja necessidade de montar estrutura física, comprar hardware e software e assim por diante. Do lado da nuvem pública você irá adquirir basicamente SaaS, PaaS ou IaaS.

Por outro lado, se você precisa de uma solução que ofereça vantagens da Computação em Nuvem, porém, a segurança das informações é algo extremamente delicado, optar pela Nuvem Privada é uma boa escolha. Neste caso você conseguirá utilizar os recursos do modelo Cloud que deseja, combinado com vários aspectos de segurança que você necessita, implantando a solução – imagine um Data Warehouse – exatamente de acordo com estratégias de segurança de sua empresa.  Lembrando que, nesta opção, você irá criar sua nuvem, com a necessidade de hardware e softwares para atender seu modelo. O gerenciamento da Nuvem Privada ficará sob sua responsabilidade.

Lembre-se, que, você pode – e provavelmente irá – ao longo do tempo, misturar Nuvem Pública e Nuvem Privada. O termo Nuvem Híbrida nasceu por conta desta necessidade e isto não é nenhuma tarefa impossível. A Plataforma Azure da Microsoft, por exemplo, permite que isto seja feito de acordo com suas necessidades.

Como é possível perceber, não há uma “receita de bolo” para a utilização do modelo Cloud Computing. É necessário planejamento estratégico e tático para que o objetivo seja alcançado. É fundamental que haja uma equipe de especialistas multidisciplinares para que a tomada de decisão seja apoiada em critérios que realmente atendam ao negócio.

Obs.: Este texto é direcionado a empresas médias e principalmente as grandes empresas, onde normalmente questões geográficas, aspectos de conformidade de diferentes legislações possuem grande peso na tomada de decisões.

Boa sorte e sucesso!

Um grande abraço,
Antonio Ricardo Gonçalves

Cloud Computing: Como funciona um Datacenter da Microsoft (Vídeo)

A maioria dos profissionais de tecnologia – e de outras áreas também – estão acostumados ao Termo Cloud Computing (Computação em Nuvem). Mas será que a maioria sabe o que é um datacenter preparado para este modelo?

Venho abordando o tema de vários pontos de vista, com conceitos técnicos – os modelos SaaS / PaaS / IaaS -, soluções de mercado e como Cloud Computing pode solucionar problemas relacionados ao negócio. No entanto, muitos não tem ideia do tamanho e da capacidade de um datacenter que atende a este modelo de Computação em Nuvem.

Pesquisando conteúdo, encontrei um vídeo publicado pela Microsoft no Youtube, onde é possível dar um passeio por dentro de um datacenter da Microsoft. Então decidi compartilhar, pois, nada melhor do que visualizar o que acontece por trás de todos estes conceitos, siglas, soluções que abordo neste blog.

Espero que gostem!
Caso haja alguma dúvida, por favor, escrevam. E se por algum motivo o vídeo apresentar algum problema, por favor, alguém informe.

Um abraço!
Antonio Ricardo

Visão Geral de Hybrid Cloud da Microsoft (em inglês)

hybrid cloud

Recentemente a Microsoft vem acrescentando muita informação relevante para auxiliar a adoção de suas soluções baseadas em Cloud Computing (E não poderia ser diferente). Como estou com pouco tempo para redigir artigos ultimamente, decidi compartilhar – através do link abaixo – uma série muito importante que aborda a visão da Microsoft a respeito de Hybrid Cloud e fornece vários documentos que podem apoiar desde o conhecimento da solução, até sua aplicação prática.  Nesta série são apresentados todos os recursos oferecidos pelo Microsoft Azure, aplicados em vários conceitos que são apresentados em vários artigos deste blog. Para quem se interessa pelo tema Gerenciamento de Computação em Nuvem, por exemplo, vale à pena conferir os tópicos que abordam a utilização do System Center, onde é possível comparar teoria e prática com uma abordagem bem clara.

Este é o Link para o conteúdo no Site da Microsoft (em Inglês): http://blogs.technet.com/b/in_the_cloud/archive/2013/11/12/table-of-contents-success-with-hybrid-cloud.aspx

Boa Leitura!
Um abraço,
Antonio Ricardo

Cloud Computing para Pequenas e Médias Empresas (PME)

Cloud Computing para PME

Em artigos anteriores, tenho escrito a respeito de vantagens e desvantagens na utilização do modelo de Computação em Nuvem (Cloud Computing Model) para vários segmentos de mercado, e neste artigo vou abordar a utilização de uma solução desenvolvida em Cloud Computing para o segmento PME (Pequenas e Médias Empresas).

Até alguns anos atrás, o acesso à tecnologia custava muito mais do que nos dias de hoje. Nas últimas décadas, o hardware (Desktops, Notebooks, Tablets, Celulares etc) tornou-se acessível à maioria – ou a todas – das empresas, pois, os preços foram decrescendo, passaram a ser competitivos e tornaram-se ‘commodities’, porém, a aquisição de um software de boa qualidade para atender as necessidades de negócio de uma empresa pequena ou média, ainda era algo pouco acessível, devido aos modelos aplicados pelas empresas fornecedoras de software.

Os modelos tradicionais de comercialização de software:

No(s) modelo(s) mais tradicional(is) de comercialização de software você adquire algum tipo de licença de utilização combinada com serviços como a instalação deste software, sua customização (adequação as necessidades do negócio) entre outros. Após a fase inicial (de implantação da solução) é comum ser cobrado mais algum tipo de manutenção do software/sistema utilizado, o que significa mais custo. Além disso, o que considero complexo neste modelo é que estes custos/valores são sempre flutuantes, ou seja, sempre dependem de varáveis difíceis de entender (para quem não é especialista no assunto), principalmente quando focamos o mercado PME. Em resumo, para quem já tem conhecimento em termos técnicos relativos à T.I./Negócios, estou tratando neste parágrafo de TCO (Total Cost of Ownership) e ROI (Return on Investment): O “Calcanhar de Aquiles” de muitos gestores.

A vantagem da Computação em Nuvem (Cloud Computing):

Para quem adquire um software de gestão desenvolvido no modelo Cloud Computing, todo o parágrafo anterior é eliminado, pois, você irá aderir ao modelo SaaS – Software as a Service, onde será cobrada uma assinatura mensal e você terá acesso instantâneo a solução. O maior desafio nesta situação é a análise da necessidade inicial do negócio, pois, a maioria dos Softwares no modelo SaaS não fornecem grande flexibilidade de adaptação a regras específicas de uma determinada linha de negócios. Como muitas empresas do segmento PME não possuem controles básicos, como Fluxo de Caixa, Controle de Estoque, Folha de Pagamento; o início da utilização de um SaaS – Software as a Service pode ser através de alguma das áreas primárias de apoio ao negócio, o que não necessita de adequações complexas.

Agora a prática:

Pesquisei e escolhi aleatoriamente uma solução para exemplificar, baseada no conteúdo texto que escrevi.

Site: http://www.salesbinder.com – Sales Binder
Solução: Controle de Estoque / Inventário no modelo SaaS
Descrição: Controle de estoque padrão – modelo tradicional – tirando proveito das vantagens da Computação em Nuvem / web. http://www.salesbinder.com/tour/online-inventory-management/ Preços: Gratuito para utilização de até 100 registros e 1 usuário. Até $99,00/mês para 100.000 registros e 50 usuários. http://www.salesbinder.com/pricing/

Com o exemplo acima percebemos que é possível gerenciar desde um pequeno estoque sem investir nada (zero) ou investindo um valor mensal baixo e acessível, um grande estoque pode ser gerenciado de maneira profissional.

Um abraço!
Antonio Ricardo

PS: Para quem é leitor eventual deste blog, lembro que meus artigos não são patrocinados e se algum for publicado mediante patrocínio, será devidamente informado.

[Microsoft Cloud] Comercial de TV da Microsoft sobre Cloud Computing

Como estou sem tempo disponível para novas publicações, decidi compartilhar um comercial da Microsoft que é veiculado constantemente nos canais de TV dos EUA / Canadá.
É um exemplo da aplicação da Nuvem da Microsoft (Microsoft Cloud) na prática (em uma situação real).
Divirtam-se!

Um abraço!
Antonio Ricardo